2008-05-13

Eficiência Energética

(Matéria do Canal Energia)

 

Quando se fala em aquecimento global, obrigatoriamente temos que falar de energia. A geração de energia é um dos grandes vilões. No Brasil, onde 85% da energia elétrica brasileira provém de fonte hídrica, nem tanto. O Brasil está tentando diversificar suas fontes energéticas instalando, por exemplo, termelétricas a carvão, gás natural e bagaço de cana, fazendas de energia eólica (cuja margem ainda é muito pequena, mas dobrou de tamanho no último ano) e usinas nucleares. Novas usinas hidrelétricas (tanto grandes projetos como Jirau e Santo Antônio e as chamadas Pequenas Centrais Hidrelétricas) também estão à caminho.

 

É louvável desenvolver a capacidade energética, mas há muito o que se ganhar com eficiência. Só para dar um exemplo, a Eletropaulo vai reformar a iluminação do estádio do Pacaembu e, com isso, deixará de consumir 441,2 MWh (o equivalente a uma economia de R$ 132 mil reais). Nos Estados Unidos, além de muitas outras coisas, há uma campanha para a renovação de prédios antigos (cujos sistemas de condicionamento de ar mais antigos consomem montanhas de energia e dinheiro). O que mais não haverá por aí consumindo mais energia do que o necessário?

 

O problema é a cultura do imediatismo e da inobservância dos custos de operação. No momento da compra de um aparelho elétrico, não levamos em conta a quantidade de energia consumida mensalmente. Dependendo da situação, o preço de aparelhos mais caros (porém mais eficientes), no longo prazo, são compensados. O mesmo pode acontecer na construção civil. No caso de uma licitação pública, por exemplo, o único critério estabelecido para a escolha da prestadora é o preço, deixando-se de observar os custos de operação do edifício. Isso também ocorre no âmbito particular.

 

Só para citar mais exemplos, fios de cobre mais finos são mais baratos, mas esquentam mais, não conduzem a eletricidade de forma tão eficiente quanto fios mais grossos e, portanto, geram desperdício de eletricidade. Num condomínio, hidrômetros individuais para medição do consumo de cada unidade representam um gasto extra e um aumento no custo dos compradores. O mesmo acontecendo com sistemas de coleta de água da chuva para uso nas descargas. O custo de uma lâmpada incandescente de 100W é umas 7 vezes menor do que o equivalente em luminância em lâmpadas fluorescentes. O custo inicial da instalação de painéis solares para aquecimento de água é algo, mas, se a alternativa é o chuveiro elétrico ou o boiler elétrico, a economia no longo prazo é imensa.

 

O pior é que a lista por aí vai...

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