Reeleição, lógico.
Dia 30/04, Fernando Henrique Cardoso declarou que um terceiro mandato de Lula “abriria as portas para o autoritarismo”. Os argumentos contrários ao terceiro mandato estão mal direcionados. A questão não é a quantidade de mandatos que um mesmo presidente pode ter em seqüência, mas o fato de que, através da alternância de poder, impede-se a ditadura da maioria e se dá voz a outras vozes. Essa é a questão. Tentam usar de lógica para justificar dois, mas não três.
No mundo, tem-se um experiência consolidada com dois mandatos, mas isso é um tanto aleatório. O que justifica dois e não três não é lógica, mas um “queasy feeling” de que doze anos no poder é um pouco demais.
Não daria no mesmo se Lula saísse e entrasse a Dilma ou qualquer um do “time”? Não seria o mesmo projeto político? Política não é lógica, é casuísmo. Depende do momento político. O PSDB não tinha pessoa forte fora FHC em 98, foi interessante a reeleição. O PT também não tem para 2010. Teme perder o poder e alguns apelam para o terceiro mandato, mesmo Lula declarando-se absolutamente contrário. Existe a possibilidade da aliança com o PMDB de Aécio, mas que tipo de concessões terá que fazer Aécio para contar com o peso político e o eleitorado Lula? Se é esse peso político que vai eleger Aécio, o PT tem uma forte arma para barganhar por mais espaço num possível futuro novo governo comandado por Aécio. Se o PT obtiver esse espaço e se for relevante, terá havido alternância de poder?
2008-05-03
Reeleição, lógico
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