No carro hoje, ouvi um comentarista (Labareda) no programa do Boechat, na Band News FM, apresentando a mesma hipótese que um colega meu (Rafael Azzi) havia levantado sobre o Chávez. Chávez sempre foi muito combativo e sempre teve a língua solta, mas agora veio a atacar a Ângela Merkel, dizendo que era "filha" do nazismo e etc. (Não vou nem comentar isso). Chávez já falou mal de outros chefes de Estado, entre eles, Bush, Uribe, Lula. Sua altercação com o Rei Juan Carlos da Espanha ficou famosa e gerou até ringtones para celular com o "por que no te callas?".
Através do enfrentamento (gratuito) dos "adversários", segundo a tese, Chávez estaria querendo enaltecer sua imagem nacionalista, com vistas a compensar sua perda de popularidade. Chávez começou seu governo com 70-75% de aprovação e agora (com um sério desabastecimento, alta inflação, o fechamento de uma emissora popular de televisão, discussões sobre corrupção em seu governo e etc.) caiu para 51%. Ainda é uma popularidade muito alta. Chávez produziu grande melhoria nos índices sociais venezuelanos, mais parece que o seu mojo está começando a secar.
Em novembro, a Venezuela passará por eleições para estados e municípios. Atualmente, 22 dos 24 estados Venezuelanos são chavistas. Além disso, Chávez também possui maioria no congresso. O mega pacote de alterações constitucionais de Chávez não passou, e novembro trará nova prova da vitalidade do presidente no governo.
Mas será que não tem estratégia melhor do que ficar falando em guerra com a Colômbia, xingando os biocombustíveis brasileiros, dizendo que a Ângela Merkel é nazista, que Bush é um "pajarito" (seja lá o que isso for)? O Chávez está correndo o perigo de se auto-banalizar:
- A Venezuela ameaçou a Colômbia com guerra.
- Quem disse isso?
- O Chávez.
- Prrrrrrrrr.
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